Trecho do primeiro capítulo
- 13.05.2020
- Publicado por: Oksana Maslennikova
- Categoria: Livro

Logo após o investigador, eu corri para o escritório. Lá meu destino também estava sendo decidido. Meu segundo destino, caso eu continue livre. Mas, parece que lá também não estava nada fácil.
Raiva, ódio, suspeita tardia me levaram com muita força através de todas as portas fechadas, pelas mesas e secretarias.
Eu era apenas uma simples gerente de vendas de produtos lácteos. Alguns meses atrás, entre os gerentes da empresa anunciaram um concurso para a vaga de diretor de vendas em toda região da Terra Negra Central.
O concurso vai ser justo: diretor será aquele que realizará as melhores vendas em termos absolutos.
Eu fiz o impossível! Achei novos clientes, convenci os antigos a comprarem além do que eles compram normalmente, fui simpática com todo mundo, consegui vender quase duas vezes mais do que meu concorrente direto. Mas…
Eu recebo noticias de que querem dar essa vaga para um rapaz que estava atrás de mim.
Provavelmente, em outras vezes, numa situação normal, eu não faria isso, mas quando eu compreendi que eu ficarei presa por alguns anos, eu estava nem aí. Seja o que for!
Eu entro na sala onde estava o diretor da filial e diretor interino de vendas que tinha que escolher o candidato e passar tudo para ele.
Com postura firme, jogando cabelo para trás, eu falo:
– Eu sei que vocês querem dar essa vaga para o Konstantin e não para mim. Apesar de que vocês falaram que a competição será justa e ganhará quem for melhor.
Eles se entreolharam. E eu entendi que eles não me consideravam como a candidata! E por isso meus dados sobre os resultados os pegaram de surpresa.
Abriram.
Verdade, os resultados são maiores… Os olhos deles ficaram cheios de surpresa.
Eu tomo coragem, chego mais perto e falo:
– Vocês não querem me dar essa vaga de diretora de vendas só porque eu não tenho bolas!
Ousados e corajosos, com postura forte, caso contrário, não estariam agora onde estão, eles me olham em choque sem entender o que está acontecendo. Mas eu não ligo, ficarei presa de qualquer jeito… Eu devo falar toda verdade agora? Falar tudo sem medo algum.
E ou por causa dessa frase ou por causa da minha atitude, eles perceberam que eu não tenho nada a perder e que eu estou preocupada com outras coisas (eles ainda não sabem quais), eles… eles ficaram com medo de verdade.
Eu não pedi, não exigi. Eu apenas falei: é ASSIM. E não precisa inventar besteiras.
Eles se entreolharam meio sem graça.
– Mas você tem uma filha pequena. A gente achou que… você não tem interesse. Isso é muito difícil, você entende, né… Mesas redondas pela toda região da Terra Negra Central. Tem que abrir filiais, ser responsável e…
– Os meus problemas não tem nada a ver com vocês. Eu consigo tomar conta disso. Eu quero essa vaga, eu posso assumir. E eu farei isso melhor que todo mundo, vocês sabem muito bem disso.
Virei as costas. Bati a porta.
E fui embora.